hoje falo-vos das escadas. subi-las e descê-las é como tudo.
uma breve introdução é aquilo que eu quero sentir e que quero dar, e é por isso que tento escrever. mas se escrevo e nada sai, e se escrevo em letras minúsculas por alguma razão o faço, tento não me cansar.
linhas pretas e linhas brancas e eu sinto que não pertenço nem a uma, nem a outra. um degrau ou dois acima, não estou com certeza. sobe cinco e desce três e ando aqui a tentar ganhar coragem para seguir em frente. menosprezo-me e o que eu acho é que é a pura realidade. outras opiniões serão rejeitadas. faço-o inconscientemente.
faça uma espiral, ou seja linha reta, é fácil e torna-se complicado. sinto o que não sinto na mesma, logo posso escorregar. um suspiro ou outro continuam sem alterar o sentir, e o cheirar e o ouvir e são até relevantes. são sim senhora, são.
silêncio deixa de confortar o que está amargurado e passa a ser um inimigo do bem-estar. quando as coisas chegam a esse ponto, sabemos que a situação se tornou grave e já não há de onde retirar o sucesso. os desgraçados aventuram-se e ignoram a rejeição porque o vazio os torna fortes. amanhã, ignoro tudo isto. finjo que nada aconteceu e posso continuar a ser eu, se não tiver de subir escadas.
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