iam flores, margaridas voando,
e em finos bicos dos pés
passava eurico cantorias, cantando.
pela estrada extensa chorava eurico,
com um grande livro na mão,
cantarolava um poema à amada
que não lhe havia dado a mão.
Eurico ajudava os pássaros
a decifrarem o seu refrão,
mas ao olhar a última árvore
sucumbia de exaustão.
o Sol pedia a Eurico
que parasse de o olhar,
pois com tanta cantarolada,
o Sol havia deixado de brilhar.
o livro grande de Eurico
escorregou-lhe da mão,
com ele a sua margarida,
e a grave voz garrida.
deixou então, por pena, de cantar
p'ras janelas da vizinhança
e passou a chorar os seus poemas
em esbeltos passos de dança.
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