SALTO UM, SALTO DOIS, SALTO TRÊS! Salto quatro?
Salto sempre- SALTO EXIGENTE!
Toma atenção:
O homem que publica a tua realidade
Não é o homem que controla a irmandade.
O homem que publica a tua realidade
É o homem que sabe a tua idade.
O homem que canta à mocidade
É o homem que pensa na humanidade.
Vivemos conforme a sua presença.
Vivemos precedendo a sua essência.
Vivemos dando voz à Santa paciência.
Arriscamos consoante senhora dita turbulência.
Se dás voz ao homem que uma língua não sabe falar,
Dás voz ao inconsciente que não tem palavra a dar.
Se dás voz ao inconsciente que não está domesticado,
Dás voz ao zoológico que o retardado tem em cadeado.
Toma cuidado:
O chão que tu pisas não está desarmado.
O chão que tu pisas fica condenado.
O chão que tu pisas não está em solo guardado.
O chão que tu pisas não voltará a ser pisado.
diálogos
terça-feira, 4 de abril de 2017
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
eurico cantorias cantando, lendo, dançando
na passagem entre rios
iam flores, margaridas voando,
e em finos bicos dos pés
passava eurico cantorias, cantando.
pela estrada extensa chorava eurico,
com um grande livro na mão,
cantarolava um poema à amada
que não lhe havia dado a mão.
Eurico ajudava os pássaros
a decifrarem o seu refrão,
mas ao olhar a última árvore
sucumbia de exaustão.
o Sol pedia a Eurico
que parasse de o olhar,
pois com tanta cantarolada,
o Sol havia deixado de brilhar.
o livro grande de Eurico
escorregou-lhe da mão,
com ele a sua margarida,
e a grave voz garrida.
deixou então, por pena, de cantar
p'ras janelas da vizinhança
e passou a chorar os seus poemas
em esbeltos passos de dança.
domingo, 5 de fevereiro de 2017
impingiam-lhe as águas fortes
como se fosse homem de guerras,
mas o orgulho antigo guarnecia
mais do que o amor por estas terras.
tão menesteroso dia cinzento
de que se fez merecer,
e junto dos outros entes eu ensurdecia
do encontro horrendo à monotonia.
solto do chão dizia:
''há de não haver noite ou dia
ou sol que rejuvenesça,
ou seus raios, ou somente eu;
aceito provida sentença.''
compartidas em dores congéneres,
alevantam-se as mulheres,
e partilham entre si, devidamente,
a dor que pouco reconheci.
chora a antiga gente, dos povos varinos
que naquele dia perdeu, e deixou ir,
um outro caprichoso, outrora amante
enrugado e fraco, ocorreu-lhe partir.
como se fosse homem de guerras,
mas o orgulho antigo guarnecia
mais do que o amor por estas terras.
tão menesteroso dia cinzento
de que se fez merecer,
e junto dos outros entes eu ensurdecia
do encontro horrendo à monotonia.
solto do chão dizia:
''há de não haver noite ou dia
ou sol que rejuvenesça,
ou seus raios, ou somente eu;
aceito provida sentença.''
compartidas em dores congéneres,
alevantam-se as mulheres,
e partilham entre si, devidamente,
a dor que pouco reconheci.
chora a antiga gente, dos povos varinos
que naquele dia perdeu, e deixou ir,
um outro caprichoso, outrora amante
enrugado e fraco, ocorreu-lhe partir.
sábado, 7 de janeiro de 2017
o céu e a sua nudez.
(Curva-se perante a janela da sala que lhe mostra um exterior nocturno, sem estrelas, e começa a debitar.)
''Que em meu rosto pálido se reflita a amargura do meu temeroso interior, e que as mulheres cobiçadas por homens recheados de luas vazias não temam ter dó de mim- Porque todas elas e todos eles haveriam de me gritar em tons arrojados uma melodia insuportável na qual eu jamais conseguisse encontrar paz, pagando pela minha ignorância e inconsciência do mundo que me rodeou enquanto quis, mas que sempre tomei como negligente. Que meus dedos envelheçam mais depressa do que aqueles e aquelas que nunca quis tocar por estarem dois degraus abaixo de meus pés. Que nesta casa fique trancado até ao último pôr-do-sol que meus olhos possam alguma vez enxergar, até que estes se fartem e se tranquem, impedindo-me de ver outra noite como esta e de me deixarem temperamental com a ausência de um céu estrelado, como hoje.''
''Que em meu rosto pálido se reflita a amargura do meu temeroso interior, e que as mulheres cobiçadas por homens recheados de luas vazias não temam ter dó de mim- Porque todas elas e todos eles haveriam de me gritar em tons arrojados uma melodia insuportável na qual eu jamais conseguisse encontrar paz, pagando pela minha ignorância e inconsciência do mundo que me rodeou enquanto quis, mas que sempre tomei como negligente. Que meus dedos envelheçam mais depressa do que aqueles e aquelas que nunca quis tocar por estarem dois degraus abaixo de meus pés. Que nesta casa fique trancado até ao último pôr-do-sol que meus olhos possam alguma vez enxergar, até que estes se fartem e se tranquem, impedindo-me de ver outra noite como esta e de me deixarem temperamental com a ausência de um céu estrelado, como hoje.''
domingo, 6 de novembro de 2016
tenho visão do mundo distorcida..
tenho fraqueza e ignorância,
do amor que da minha mãe recebi,
ao ódio do avô à minha infância.
chorei em ombros de tios conhecidos,
outros que me eram estranhos e falecidos,
intelectuais ou meros seres
humanos aptos dos saberes.
um dedo e dois e uma mãozinha,
cá lhe dou o que não tinha,
pois o meu carinho por si é retribuído
ou aos seus olhos não entendido?
-
tenho fraqueza e ignorância,
do amor que da minha mãe recebi,
ao ódio do avô à minha infância.
chorei em ombros de tios conhecidos,
outros que me eram estranhos e falecidos,
intelectuais ou meros seres
humanos aptos dos saberes.
um dedo e dois e uma mãozinha,
cá lhe dou o que não tinha,
pois o meu carinho por si é retribuído
ou aos seus olhos não entendido?
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terça-feira, 1 de novembro de 2016
linguagem do mentiroso e mais não digo;
Tolice!
Tolice para quê, homem! O seu ser está apto! Pare de ser enganado, homem. Deixe a tolice e faça-se à vida, rasteje pelo chão que assim preenche o que não está. Nada de rimas… eu digo, o que está limpo! É um imundo você, homem. Pense no que tem, o senhor bate bem fundo. De cabeça no chão, não deveria. Mero alvo da poesia.
Apto para o que não lhe dá, não lhe dá conforto; pare de rosnar, seu cão. Torne-se imparcial ao que o deixa tão mal! Que estrebaria, homem! Que sensibilidade! Pare de beber! Torna-se desprezível, tanto para dar e tanto para saber ainda, essa maneira de viver deixa de ser vida. Passa a ser, e digo isto com ÊNFASE, uma desarrumação de IDEIAS. NOTÓRIA! Pare de ser cão, que vergonha. Já é suficiente rastejar pelo chão. Bata fundo na cabeceira e relaxe, que a vida não é só esta coisa de viver, é mais que isso. Isto aqui trata-se de poder…. poder de poderoso, ora veja: A rastejar pelo chão não vai lá, e eu só quero o melhor para o senhor!
O atencioso Eduardo.
O atencioso Eduardo.
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